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Psicoterapia para ansiedade

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Pensamentos que influenciam a ansiedade

Os pensamentos que influenciam a ansiedade normalmente enfocam o futuro e superestimam o perigo inerente a uma determinada situação. Um indivíduo com Fobia Específica pode pensar: “Isso pode me matar”, “eu vou ser mordido por este animal”. Um fóbico social pode pensar: “Eu posso ser rejeitado”, “vou fazer papel de bobo”, “vai me dar um branco e eu não serei capaz de agir”. Os pensamentos de um indivíduo com Transtorno do Pânico podem ser “E se eu tiver um ataque cardíaco e morrer?”, “E se eu perder o controle e ficar louco?”. Um indivíduo com Transtorno de Ansiedade Generalizada pode pensar:”E se alguma coisa ruim acontecer?”

Na ansiedade, as interpretações ou cognições relevantes estão relacionadas à percepção de perigo físico ou psicológico. O indivíduo superestima o perigo inerente a uma determinada situação. Essa avaliação excessiva ativa automaticamente e de forma reflexa, o “programa de ansiedade”.

É necessário que duas avaliações sejam feitas:

  • Qual a quantidade de perigo e risco da situação?
  • Que tipo de recursos a pessoa tem para enfrentar a situação?

O ansioso avalia incorretamente a situação, percebe os riscos de forma excessiva e minimiza seus próprios recursos para enfrentamento.

Quando a ansiedade é disparada por uma avaliação errônea, as respostas ativadas pelo programa de ansiedade são inadequadas à situação, portanto o alarme é falso.

Desse modo, o paciente com um transtorno de ansiedade faz esta distorção cognitiva, antecipa uma ameaça mesmo quando existe uma pequena probabilidade dela ocorrer.

Os tipos de pensamentos automáticos que uma pessoa tem são influenciados pelas suas crenças centrais. Os indivíduos vivenciam ansiedade porque suas crenças a respeito de si mesmos e do mundo tornam-os propensos a interpretar uma grande variedade de situações como ameaçadoras.

As crenças centrais do ansioso são principalmente relacionadas à vulnerabilidade, ou seja, ele acredita que existe um ponto fraco pelo qual as pessoas podem lhe ferir ou atacar. A maioria dessas crenças envolve questões de aceitação, competência, responsabilidade, controle e dos sintomas de ansiedade em si.

Os pensamentos que influenciam a ansiedade podem incluir as seguintes categorias :

  • Exagero : As pessoas muitas vezes tem um sentido ampliado de ameaça , mesmo em face da evidência objetiva do contrário . Por exemplo, o medo do fóbico é desproporcional à fonte de perigo. Portanto, há uma tendência a exagerar a importância de certas situações, acreditando que são uma questão de vida ou morte, mobilizando-se excessivamente para lidar com a ameaça e portanto sobrecarregando o funcionamento normal do indivíduo.
  • Catástrofe : Quando as pessoas ansiosas antecipam um perigo ou uma dificuldade , elas muitas vezes percebem o desastre como o resultado provável. Um homem ansioso enfrentando um procedimento cirúrgico relativamente simples teme que irá ficar incapacitado ou morrer. Ou um indivíduo com ataques de pânico, tende a interpretar uma série de sensações corporais de maneira catastrófica. As sensações físicas interpretadas erroneamente são principalmente aquelas que podem estar envolvidas em respostas normais de ansiedade.
  • Generalização excessiva: Uma experiência negativa, como ser recusado para uma promoção, pode ser traduzida como uma lei governando a vida inteira: “Eu nunca vou conseguir um lugar no mundo, se eu não for classificado.”
  • Ignorar o positivo : As pessoas ansiosas omitem as indicações de sua própria habilidade de enfrentamento com sucesso , esquecem as experiências positivas de sucesso do passado e antecipam apenas os problemas lamentáveis e o sofrimento interminável no futuro . Uma paciente com fobia social, com medo de escrever na frente das pessoas há três anos, esquece a sua experiência positiva de 20 anos como secretária de uma multinacional, quando escrevia sempre na frente das pessoas.

Através da Terapia Cognitivo-Comportamental a pessoa pode aprender uma avaliação mais verdadeira e realista do perigo. A situação pode ter só uma pequena quantidade de perigo ou nenhum perigo. É necessário aumentar a conscientização dos recursos e quando o indivíduo realmente não tem recursos, estes podem ser construidos.

O objetivo da terapia é desligar o alarme falso, que é acionado influenciando a ansiedade, mas, manter o alarme real, que é importante e protetor.

Nos transtornos de ansiedade, a ênfase do tratamento está na reavaliação do risco em situações e recursos da pessoa para lidar com a ameaça. Para transtornos de pânico, a direção da terapia envolve testagem das interpretações erradas catastróficas do paciente de sensações corporais ou mentais.

Quando as pessoas mudam seus pensamentos para uma direção mais realista, eliminando as distorções de pensamento, sua ansiedade diminui.