Indivíduos ansiosos estão predispostos a desenvolver enxaqueca devido aos efeitos físicos de sua excitação e ansiedade continuamente elevadas.
A catastrofização tem sido estudada como o processo de pensamento que mais influencia a percepção da dor. Os indivíduos apresentam uma tendência a exagerar o valor da ameaça ou a gravidade das sensações de dor.
Sua atenção seletiva nas sensações corporais, como cefaleias, conduz a pensamentos automáticos de ameaça iminente (“E se eu tiver um tumor cerebral”, “E se eu morrer?”). São pensamentos ameaçadores que influenciam a ansiedade em relação à saúde e suas correspondentes sensações físicas (por exemplo, tensão muscular e dor), cognitivas (por exemplo, preocupações), afetivas (ansiedade) e comportamentais (busca de informação médica tranqüilizadora). Esta cadeia de elementos provê mais combustível para os pensamentos de ameaça, conduzindo a um círculo vicioso, culminando em piora do quadro da ansiedade e da cefaleia.
Em resumo, a ansiedade antecipatória pode criar um viés de atenção no perigo e iminência de ameaça (crise de enxaqueca), este foco em sensações corporais leva a vigilância exacerbada do próprio corpo, aumenta a percepção, que pode ser crucial para o desenvolvimento e manutenção da ansiedade e cefaleia. A expectativa excessiva de ter crise de enxaqueca pode exacerbar ou potencializar a próxima crise.
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